
Pois bem, saímos uma vez e aparentemente nada de bizarro; achei estranho, porque se tratando de mim a bizarrice rola solta, melhor não mencionar... Continuando: beijo aqui, beijo acolá. Noite perfeita regada a poesia e carinho. Nos dias subseqüentes, nada de estranho: nos falávamos ao telefone, trocávamos e-mail. Até que um dia, ele me convidou a repetir a dose: sugeriu um novo encontro. Eu que já estava um tanto quanto enamorada pelo boy vou lá, rumo ao lugar-alvo. Estava toda, toda saltitante da vida! A gente ia, entre outras coisas, falar sobre uns projetos em comum e, por isso, fui acompanhada de uma prima que participava dos esquemas.
Conversa vai, conversa vem. Eis que minha cara acompanhante puxa o seguinte assunto: “quem você não pegaria?” (vale frisar que às tantas da noite, política já tinha ido pras cucúias e a bebedeira rolava solta, hehehe). Eis que a sagrada figura da mãe surge como “não-pegável”, “intocável” na parada. Não pegável só para mim e minha prima... Calma que eu vou contar direito, que o diálogo merece ser transcrito Ipsis litteris aqui.
PRIMA: ah, eu não pegaria minha mãe, só.
EU: ah, acho que mãe nem precisava ser mencionada aqui, né?!
ELE: o que vocês têm contra alguém pegar a mãe?
Cri cri cri cri... silêncio no ar...
Dei aquele leve tapinha nas costas dele e disse: “isso aqui não é hora pra discussões filosóficas” e dei aquele leve sorriso amarelo quase clamando “não fala que você pega sua mãe, pleeease”!!!!
ELE: não, não estou falando de cultura não, é que eu tenho uma coisa pra contar...
Na minha cabeça, um tanto quanto confusa, passou a idéia de que ele contaria um caso de alguém conhecido, MAS NÃO! O boy nem se sentiu envergonhado em dizer “eu tenho um caso com a minha mãe!”. Não bastasse a nossa cara (minha e da prima) de “morro de medo, alguém me tira JÁ daqui!!!”, ele continuou a detalhar:
ELE: faz um tempo que eu tenho um caso com a minha mãe... a gente tem muita afinidade sexu...
EU: NÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOO!!!!
Interrompi antes que ele completasse a frase, não queria saber da afinidade sexual dele com a mãe. Fim de noite, fui embora sem chão... desolada... incrédula... todos esses tipos de adjetivos cabiam naquele instante. Ele ficou de ligar, mas da minha cabeça não saia a ideia de que ele ia propor um Ménage à trois: eu, ele e a mamãe... Arg!!! Demais pra mim, né?! O fato é que de vez em quando ele me liga, óbvio que não atendo, óbvio que não respondo e-mail, nem nada. Pra você, mente insana: beijo, não liga, né?!?!