O filho do porteiro, ou melhor, o filho do senador, de uma cidadezinha chamada Souza, um lugarzinho no fim do mundo e perfeito para ser referência a um boy, muito criativo, mas sem a sorte do destino, cruzou o meu caminho...
Também não conto com a sorte, eis que costumo dizer que não tenho o dedo podre na escolha do sexo oposto: o meu braço inteiro está prejudicado.
Conheci o boy, que já deu o jeitinho de se apresentar como o filho de um senador, uma pessoa de boa família, responsável, distinto e bem despojado. Além do mais, mostrou-se disponível e interessado. Então, depois de umas duas saídas, recebi o convite final, o momento mais inusitado que passei ao lado desse boy... o singelo rapaz convidou-me para jantar. Aceitei o convite e, obviamente, já sabia que eu ofereceria o prato principal.
Seguimos para um restaurante e ficamos em uma mesa que estava de frente à recepcionista, que não conteve os olhares para o boy. O carinha percebeu o olhar incontinente da moça e comentou seu incomodo. Eu, muito descontraída, tentei relaxar o boy, dando alguns beijinhos, sem a manifestação de qualquer ceninha de ciúme.
Para minha surpresa, o rapaz se irritou “com minha falta de percepção” como dizia. Na verdade, ele queria uma demonstração de possessividade absurda e a indignação de um ciúme incontrolável...
Muito chateado, terminamos o jantar e, já dentro do carro, o distinto moço resolveu discutir a relação, que até então mal havia começado e anunciava o fim. No meio da discussão, decidi mudar a rota e segui para um motel... confesso que quanto mais ele mostrava sua revolta, mas excitada eu ficava.
Chegamos ao motel, o boy já estava mais calmo, entramos no quarto, e antes de qualquer aproximação, ouvi algo que acaba com qualquer tesão: “amor, aguenta ai, que eu vou dar uma cagada”.
É... aguenta ai! Em alguns minutos o quarto ficou tomado pelo agradável aroma de fezes ao vinho e ao molho madeira... hehehe... vi qualquer possibilidade de uma noite agradável de sexo rolar descarga abaixo, literalmente.
Pensei por algum momento que o excesso de intimidade já havia terminado, porém o boy, não satisfeito abre a porta do banheiro e diz: “pronto, acabei”.
Extasiada e sentada na cama, o herdeiro político, vem em minha direção, me abraça e solta agradáveis palavras: “mas você tem um cuzão!”.
Realmente, naquela ocasião, ele havia encerrado o encontro com chave de ouro.
Depois desse “momento intimidade”, descobri que o filho do senador era, na realidade, filho do porteiro. Coitado do rapaz... mal sabe ele que eu só queria sexo... Beijo não liga, baby!
Que cara mais escroto! Além de mentir, é um canalha!
ResponderExcluirNinguém é pego de surpresa por um indivíduo desses. Ninguém se depara com um príncipe e depois, no motel, se aterroriza com um "que cuzão você tem" ou com os hábitos intestinais do sujeito...
ResponderExcluirDetalhes diversos, muitas vezes não tão discretos, já indicam o que está por vir. Tudo bem que a nossa caríssima narradora só queria sexo, mas... Será que vale um sexo assim? Das duas uma: coisa melhor ela pode fazer com os dedos, ou tem a capacidade de encontrar um sujeito menos "orangotango"... ;)
HAHAHAHAHAAHA. Estou tendo palas de risos aqui! O "vou dar uma cagada" foi bem amável!
ResponderExcluirSr. "X", se os sinais fossem tão claros assim, "ninguém" teria histórias para contar por aqui. Sua afirmação absoluta não pertence a este mundo!!! Seja bem-vindo a realidade.
ResponderExcluirRealmente não tem como advinhar essas coisas. Mas na hora que o cara começou a dar chilique no carro ela deveria ter saído fora. Mas o tesão falou mais alto e o preço a ser pago foi alto..
ResponderExcluirVeja bem, adivinhar se o cara vai brochar ou se a mulher não depila desde que nasceu é uma coisa. Não tem mesmo como adivinhar.
ResponderExcluirAgora, Sr. Anônimo e Pereira, um cara que fala "peraí que vou dar uma cagada" no motel e "mas você tem um cuzão!", não pode ter sido um sujeito polido e agradável durante a noite inteira...
São coisas completamente diferentes. ;)
Hehehe... isso acontece porque os sinais é o "X" da questão!
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